Estudo Sobre o Consumo Moderado do Café

Não importa se é normal ou descafeinado: segundo duas pesquisas realizada nos Estados Unidos, publicadas no periódico científico Annals of Internal Medicine, mais de 185 mil participantes
responderam, ao longo de mais de 16 anos, perguntas sobre suas dietas, estilos de vida e históricos médicos e familiares e tiveram que definir a quantidade de vezes que bebiam café ao longo do dia e se a bebida era normal ou descafeinada.
O café é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo. Nos Estados Unidos, cerca de 75% dos adultos tomam café e 50% bebem diariamente. O café é uma fonte importante de cafeína, com grande variação na quantidade entre os diferentes tipos de café (8 mg/ 30 mml no café instantâneo, 12 mg / 30mml preparado no coador e 64 mg / 30 mml no café expresso ). Além disso, o café contém várias substâncias bioativas, incluindo polifenóis, diterpenos e melanoidinas, com grande variabilidade, dependendo da mistura e dos métodos de torra e preparo.
Por causa do consumo generalizado de café, a compreensão dos seus efeitos sobre a saúde é importante. Alguns estudos descobriram que beber mais café está associado a um menor risco de morte. Entretanto, a relação entre o consumo de café e o risco de morte pode diferir de acordo com a forma como o café é preparado.
Um dos estudos incluiu mais de 185 mil adultos de várias etnias (afro-americanos, latinos, nativos havaianos, japoneses americanos e brancos). O outro incluiu mais de 520 mil adultos de 10 países europeus, onde as pessoas preparam café de diferentes maneiras.
Em ambos os estudos, os autores seguiram os participantes durante anos para ver se a taxa de mortalidade diferiu para aqueles que haviam relatado beber mais café. Em ambos os estudos, as pessoas que relataram beber mais café tendem a viver mais do que aqueles que relataram beber menos. Isso foi verdade em afro-americanos, japoneses americanos, latinos e brancos. Esta descoberta não diferiu entre os 10 países europeus. As taxas de morte de certas doenças pareciam ser menores nas que relataram beber mais café do que naqueles que não beberam café, embora a taxa de morte por câncer de ovário tenha sido maior.
Nesses estudos devem ser considerados viézes, pois foram baseados em um único relatório sobre a frequência com que os participantes tomaram café, o que pode ter mudado durante os anos em que foram seguidos e pode não ter sido exato. Além disso, embora os pesquisadores tentassem abordar o tema, podem ter havido divergências quanto o tipo de grão e a forma de preparado.
Os cientistas observaram que quem bebe café regularmente tem menos chances de morrer por doenças cardíacas ou respiratórias, câncer, derrame, Parkinson, diabetes e outras doenças crônicas. A frequência também colabora para os resultados: aqueles que bebiam uma xícara de café por dia, tinham 12% menos chance de falecer pelos motivos listados, já para quem bebia três xícaras diariamente, o índice é de 18%.
A conclusão é que o café contém vários antioxidantes e compostos com papel importante na prevenção do câncer. Mesmo que as pesquisas não demostrem exatamente quais desses elementos possuem esse 'efeito elixir', fica claro que o café pode ser incorporado de forma "moderada" a uma dieta e um estilo de vida saudáveis.
Fonte: http://annals.org/aim/article/2643436/moderate-coffee-intake-can-part-healthy-diet.
http://annals.org/aim/article/2643437/coffee-consumption-associated-lower-risk-death
Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão