A Dor e a Meditação
- Claudia B.
- Jun 27, 2016
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"Lembre-se da filosofia da água:
ela nunca discute com um obstáculo, simplesmente o contorna".
~ Augusto Cury (1.958, Psiquiatra e Escritor)
Durante a prática da Meditação, somos levados a reconhecer que a nossa existência vai muito além dos nossos pensamentos. Aprender a perceber que estamos pensando, mas que não somos os nossos pensamentos, muda o nosso ponto de referência interna, muda o funcionamento da nossa mente e do nosso ego, que passa a testemunhar a soberania da consciência.
Da mesma forma que os pensamentos, o impacto da dor e da doença pode ser mais debilitante do que as próprias consequências oriundas do problema. Assim, há uma grande arte em estar presente conscientemente, em aprendemos que não somos as nossas dores, mesmo diante de sua incontestaável presença.
Do surgimento de uma doença, a culpa, o medo, a auto-condenação, o desespero e a ansiedade podem surgir na sequência, dificultando ainda mais a nossa capacidade de recuperação e cura. Na verdade, as nossas reações emocionais de resistência podem mesmo reforçar a dor física, ao ponto em que elas sejam quase indistinguíveis.
Enfim, o desejo natural de evitar a debilidade do nosso corpo ou coração nos leva a ter sentimentos de terror que derrubam o senso de equilíbrio interior, o que nos leva a enfrentar a experiência em dois níveis: a sensação física do problema em si e a estória de medo que passa a permear cada minuto de nossa vida.
A prática da meditação nos leva a distinguir entre as sensações e a nossa reação, quando concluímos que muitas situações são inevitáveis, mas que a nossa reação pode ser, isso significa que ao deixarmos de lado a estória dos desdobramentos do nosso problema, passamos a ter mais subsídios para lidar somente com a situação em si. Descobrimos que pode ser possível administrar com mais calma e racionalidade o que temos que enfrentar naquele dado período da vida.
Fazer as pazes com o momento presente em toda situação, pode nos libertar do medo e da angústia do que o futuro, próximo ou mais distante, nos reserva. Quando nos tornamos menos identificados com os nossos pensamentos e estórias, passamos a nos abrir para vivenciar novas possibilidades, experimentando a paz.
Percebemos que podemos aprender mais com a gentileza da aceitação dos fatos do que com a dureza da negação. Essa é a mágica da meditação.
Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão
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