Respirar bem para tomar as rédeas
- Claudia B.
- May 28, 2016
- 2 min read

A respiração é uma poderosa ferramenta de autocontrole e autoconhecimento e através de sua apropriada utilização, "além de sobreviver", podemos nos ajudar em diversos aspectos, como, beneficiarmo-nos da melhora do funcionamento dos sistemas orgânicos e da retomada do controle emocional frente a circunstâncias desafiadoras.
Controlada pelo sistema nervoso autonômico, em uma situação normal de saúde, o ciclo respiratório acontece independente do nosso comando ou vontade. No entanto, no decorrer da vida, ele pode se tornar comprometido, apresentar padrões desorganizados na expiração, devido tanto a tensões musculares crônicas, que distorcem e limitam a respiração, como à falta de habilidade que temos para reconhecer e nos colocarmos diante das exigências da vida.
Inconscientemente, adquirimos então o hábito de executar respirações de pouco fôlego, cujo mecanismo restringe a expiração, ou seja, a eliminação dos gases tóxicos, o que por sua vez, restringe o espaço nos pulmões para a entrada de um ar renovado. Isso “congela” o diafragma e torna a respiração superficial, o que prejudica sensivelmente a produção de energia nas células, nos torna mais exaustos, diminui a saúde física e a clareza mental e, consequentemente, exaure a nossa capacidade em lidar com as situações de estresse ou mesmo aquelas corriqueiras do dia-a-dia. Um ciclo vicioso se instaura.
Nesse padrão respiratório restrito, denominado de respiração torácica, somente os músculos superiores do tronco se contraem e se expandem, a parte superior dos pulmões são rendidos por uma tensão crônica, sobrecarregando a parte superior das costas, os ombros e o pescoço.
Em consequência, uma cascata de desconfortos se tornam dores agudas, que passam a ser crônicas, que se tornam processos inflamatórios, rigidez muscular e desgastes. O indivíduo perde a naturalidade e a simetria na expressão corporal.
Nas Upanishads, consideradas "patrimônio da humanidade" e composta por uma coletânea de obras do Hinduísmo criadas entre um ou dois milênios antes de Cristo, já era descrito sobre a importância em disciplinar a respiração, veículo de aquisição de maior controle sobre a mente.
Atualmente, a pauta das terapias alternativas desperta grande interesse nos meios científicos, uma vez que se observa que, apesar do avanço da ciência e dos medicamentos, o número de doentes dependentes de remédios encontra-se em franca ascensão. Em diversos estudos, pesquisadores puderam comprovar mediante análises clínicas e funcionais que, ao administrarem sessões de respiração guiadas a pacientes com doenças crônicas, tais como insuficiência cardíaca, pressão sanguínea anormalmente alta e doenças inflamatórias, houve um decréscimo na necessidade do uso de medicamentos, em vista da maior eficiência do organismo, de alterações significativas nos índices e taxas de risco à saúde e, principalmente, mediante o bem estar e a forma mais positiva em enxergar a vida.
A respiração lenta, profunda e uniforme é um ótimo alicerce dos exercícios físicos conscientes, que têm o potencial de reduzir os sintomas do estresse, como, o estado de tristeza prolongado, a falta de energia, a rápida perda ou ganho de peso, a insônia, a diminuição da libido, as alterações na memória e, até mesmo, os comportamentos destrutivos, como a dependência de fármacos ou de substâncias tóxicas.
Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão
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