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Benefícios do Yoga e Pilates frente a Doenças e Envelhecimento


Embora a idade nos afete de várias maneiras, tanto o Yoga quanto o Pilates são uma excelente ferramenta anti-envelhecimento, capaz de minimizarem a percepção da passagem do tempo.

Muito além do que vemos, como as linhas de expressão, a flacidez da pele e a rarefação dos cabelos "grisalhos", o envelhecimento traz alterações sentidas, especialmente durante os movimentos.

À medida que envelhecemos, nos deparamos com mudanças fisiológicas gerais, como déficits na elasticidade, na estabilidade, na velocidade, na força e na resistência, juntamente com outros problemas de saúde mais específicos. No entanto, segundo estudos exaustivamente publicados, comprovadamente, tanto o Yoga quanto o Pilates podem verdadeiramente auxiliar no alívio dos sintomas e, ainda, melhorar os resultados dos tratamentos médicos.

Independente da situação de saúde, problemas cardíacos, diminuição da capacidade pulmonar, diminuição da densidade óssea, alterações hormonais, problemas posturais e ortopédicos, há uma sequência de exercícios adequada, capaz de resultar em um melhor desempenho na vida diária.

O envelhecimento torna o corpo menos flexível, menos estável, mais lento, mais rígido, mais fraco e menos competitivo em termos de resistência; percebemos a perda da elasticidade na pele e nos músculo. A sarcopenia (perda muscular) e osteopenia (perda óssea) são aspectos patológicos do envelhecimento, não tão incomuns.

A boa notícia é que toda a experiência de vida acumulada, quando transformada em sabedoria e confiança nos faz reconhecer sobre a responsabilidade de tudo o que nos ocorre e assim, tomar ações capazes de limitar as mudanças relacionadas à idade.

Vamos abordar alguns pontos comuns do processo do envelhecimento:

1. Osteoporose e Osteopenia: os ossos se tornam mais suscetíveis a fraturas. Ambos os métodos são valiosos para desenvolver os músculos, construir a força do quadril e das pernas, ampliar a consciência corporal e melhorar o equilíbrio, podendo prevenir quedas. No caso da osteoporose, as posturas de torção devem ser evitadas.

2. Artrite: pode causar dor diária e rigidez em articulações como mãos, joelhos, pulsos ou cotovelos, limitando a amplitude de movimento. Pesquisas recentes mostram que as práticas regulares executadas com calma e atenção podem reduzir a inflamação e, em consequência, reduzir a dor e melhorar a flexibilidade muscular e mobilidade nas articulações.

3. Estenose espinhal: estreitamento do canal vertebral que pode pressionar a medula espinhal, causando dor e entorpecimento radiado - quadris, pernas e ombros podem ser afetados. Em geral, devemos evitar movimentos amplos da coluna vertebral, como a flexão lateral e a extensão. Construir força e criar melhores hábitos posturais pode ajudar a aliviar a dor crônica.

4. Problemas nos discos intervertebrais: hérnias, abaulamentos, extrusão dos discos e deslizamento do corpo vertebral podem pressionar a medula espinhal ou nervos nas proximidades, causando espasmos, movimentos limitados e dor radiante. Tanto o Yoga quanto o Pilates podem ajudar na construção de força e na flexibilidade da coluna vertebral. Deve-se observar se as flexões são confortavelmente percebidas, as torções devem ser evitadas e as extensões são recomendadas, embora a prática deva ser sempre soberana à análise clínica. O fortalecimento dos músculos abdominais e quadris são capitais para a qualidade de vida.

5. Dor nas costas: é sabido que a coluna é mais facilmente suportada ao melhorarmos o tônus muscular das costas, abdômen, quadris e pernas. Como os principais músculos estabilizadores precisam se adaptar ao movermos nosso corpo de novas maneiras, os exercícios de Pilates e as sequências do Yoga, podem ser bastante instigantes neste sentido, o suficiente para que o corpo busque se adaptar para oferecer mais estabilidade.

6. Neuropatias: quando os nervos estão feridos, dor, fraqueza, dormência e, mesmo cólicas, podem ocorrer como resultado. Na neuropatia periférica, uma miríade de doenças pode acometer mãos, pés e dedos. Muitas vezes causada por problemas do sistema circulatório, a neuropatia também pode resultar de efeito colateral de outras doenças ou lesões. Com movimentos lentos e seguros o Yoga e o Pilates permitem a exploração do corpo, dando-nos a oportunidade de conhecer como funcionamos diante das nossas escolhas de movimento, ou seja, amplia a consciência corporal. Além disso, a respiração ritmada ao movimento melhora a circulação.

7. Ligamentos: À medida que envelhecemos, colocamos um estresse crescente nas articulações, como joelhos, ombros, quadris, punhos, cotovelos e tornozelos o que pode resultar em instabilidades, abrasões e rompimentos dos ligamentos. O Yoga e o Pilates, por serem práticas que estimulam o estado de presença são úteis para esse tipo de ocorrência, comum em articulações envelhecidas, estressadas e super-utilizadas. O objetivo é buscar o equilíbrio funcional nos músculos ao redor das articulações - força de resistência, mobilidade e flexibilidade, a ponto de estimular o processo de cicatrização.

8. Tendinite / Tendonopatia: Embora muitas vezes seja uma condição temporária, a inflamação do tendão pode causar dor, rigidez e instabilidade articular, podendo levar a degradação do tendão e tornar o quadro, crônico. Após respeitar o tempo de recuperação da tendinite, ambos os métodos devido à sua adaptabilidade, podem auxiliar no estabelecimento de novos padrões de movimento.

9. Rigidez miofascial: à medida que envelhecemos, devido à alteração nas proporções - colágeno e elastina, perdemos flexibilidade nos músculos e tecido conjuntivo, o que resulta em rigidez e menos confiança no equilíbrio. O alongamento suave e regular, que busca o equilíbrio dos planos do corpo - sagital, coronal e transverso - pode ajudar a manter o corpo fluido e flexível.

10. Mudanças hormonais: as práticas calmas, com caráter restaurativo são fundamentais para as mulheres, por ocasião da menopausa. No entanto, ambos os sexos enfrentam alterações e, assim também, se beneficiam dessas práticas.

11. Pressão sanguínea: a pressão arterial elevada é uma das doenças mais comuns do envelhecimento. A prática de Ujjayi - Respiração da Vitória do Yoga - é capital para a regulação da pressão arterial durante as aulas. Já, nas aulas de Pilates, o padrão proposto pelo método deve ser respeitado com uma velocidade mais lenta para as expirações.

12. Doenças Pulmonares: tornam a respiração muito desafiadora e limitam em demasia a capacidade de atividades cardiovasculares. As alterações pulmonares relacionadas com a idade podem agravar ainda mais o quadro, de modo que as crises se tornem mais recorrentes. Ambos os métodos são de baixo impacto e, por esse motivo, útil na profilaxia de problemas respiratórios. Concentrar-se na exalação feita de forma lenta e completa pode, potencialmente, ajudar a fortalecer os músculos expiratórios. Os Pranayamas nas aulas de Yoga e a respiração profunda e ritmada nas aulas de Pilates são fundamentais para o aumento da capacidade pulmonar.

13. Insônia: a vigília ou a inquietação noturna interferem radicalmente na qualidade de vida e no nosso desempenho físico e mental. A respiração intencionalmente lenta pode promover a sensação de tranquilidade, o que encoraja a sonolência, a paz de espírito e o relaxamento físico.

14. Doenças crônicas: seja qual for a situação (artrite reumatoide, fibromialgia, o sentimento de luto por qualquer natureza de perda, etc), a dor e a desesperança podem limitar o desempenho em qualquer atividade física. O Pilates e, especialmente o Yoga são eficazes ferramentas de gerenciamento para doenças dolorosas, podem ser realizadas sob diversas restrições, como em uma cadeira ou em um leito. As práticas meditativas, mesmo que por breve momento, devem ser estimuladas, visto suas incontestáveis respostas, inclusive sob o olhar da ciência.

Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com

Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão

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