Equilíbrio: A capacidade primordial
A partir do ápice da vida adulta, ocorre o declínio massa muscular, aproximadamente 1% ao ano e da força muscular a uma taxa 3 vezes maior [1]. As consequências desse declínio na qualidade e eficiência do nosso movimento e suficiência física tem um ponto em comum: o equilíbrio, ou seja, capacidade a nossa capacidade em manter o centro de gravidade sobre a base apoio, neutralizando as forças externas que poderiam prejudicar o desempenho.
Pesquisas demonstram que a partir dos 55 anos o índice de quedas está acima dos 70%, implicando em complicações, desde lesões reduzidas como arranhões e hematomas a dores crônicas, fraturas e cirurgia.
Na realidade, a capacidade de mantermos a resistência contra os distúrbios é uma função extremamente complexa. Os principais sensores do sistema do equilíbrio estão no labirinto, olhos, pele, músculos, tendões e ligamentos e articulações, ou seja, envolve diversos órgãos e sistemas, mobilidade articular, força muscular e função, que permite a manutenção da coordenação, o controle e a estabilidade, habilidades primordiais para a nossa independência física.
Em adultos jovens e saudáveis, o equilíbrio é, em grande parte, um reflexo automático: terminações nervosas encontradas nos músculos, articulações e tendões, ou propriceptores, enviam informações ao Sistema Nervoso Central que procedem ajustes rápido e preciso, a fim de dar adequação e eficiência aos movimentos e de manter o Equilíbrio. Quanto mais for esse processo, mais eficiente será o movimento.
No entanto, mudanças físicas graduais ligadas ao estilo de vida e ao envelhecimento - distúrbios neuromusculares, desequilíbrio muscular entre as cadeias, enfraquecimento e falta de flexibilidade, de mobilidade e de amplitude articular - alteram os reflexos, causando a perda do senso de equilíbrio.
Além disso, certos decréscimos na saúde, tais como piora da visão e problemas de audição, neuropatias e outras patologias, certos estados emocionais, a recorrente ingestão de bebidas alcoólicas ou certos medicamentos, podem, também, perturbar o equilíbrio.
Como a demanda por equilíbrio está presente a todo momento na nossa vida, os estímulos devem estar presentes em todos os treinos.
Ao iniciarmos as aulas com exercícios realizados na posição em pé e postura de equilíbrio, abrimo-nos a oportunidade; saímos da nossa “zona de conforto”, criando o denominado de senso de adaptabilidade, gerando melhores resultados para o aprendizado e conscientização de um melhor comportamento em grande parte de nossas tarefas e nos mantendo em constante evolução. Desafios à estabilidade estimulam a sinergia entre os segmentos corporais, tornando os treinos essenciais para o sistema sensório-motor, superação de limites das atividades diárias e esportivas, a capacidade de coordenação, promovendo força de resistência e mobilidade articular, habilidades aliadas ao dinamismo e a auto-confiança.
Fonte:
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=GsTqmEeBKhw
Guang Dong - Pas de deux - LE PLUS GRAND CABARET DU MONDE
[1] Goodpaster, B.H., et al., The loss of skeletal muscle strength, mass, and quality in older adults: the health, aging and body composition study. The Journals of Gerontology Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, 2006. 61(10): p. 1059-1064. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17077199
Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Sling Training