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Pubalgia, Pubeíte, Osteíte Púbica

A pubalgia, também conhecida como pubeíte, doença pubiana ou osteíte púbica, consiste na tendinite dos adutores do quadril ou dos abdominais à nível da inserção na sínfese púbica (junção dos ossos ilíacos na região anterior da pelve). Nesta região, ocorre a inserção e consequente tração de diversas forças musculares como os Retos Abdominais superiormente, os Oblíquos do Abdomen numa diagonal superior, os Adutores em sentido diagonal inferior e o Reto Femoral, Íliopsoas e Sartório inferiormente.

Essa região é particularmente susceptível a forças de cisalhamento e aferta principalmente os jogadores de hóquei, futebol e, em âmbito geral, equivale a 10% das Lesões Crônicas relacionadas ao esporte.

Descrita pela primeira vez em um atleta de Esgrima, se popularizou em 1983, quando Willey descreveu o primeiro caso em um atleta de futebol, a condição se agrava, gradativamente, mediante esforço físico insistente e que mimetiza a mecânica do movimento de lesão * e melhora com realização de repouso.

Causas e fatores de risco: É uma patologia de origem mecânica, causada por:

  • movimento violento ou agressivo, que produz uma lesão nos adutores, os abdominais oblíquos ou na estrutura miofascial

  • falta de alongamento (encurtamento);

  • falta de força muscular em abdominais;

  • disparidade de força / desequilíbrio muscular;

  • sobrecarga e/ou desequilíbrio muscular na região do púbis, baixo ventre e adutores;

  • micro lesões dos músculos adutores por sobrecarga de treino em que haja aceleração rápida do corpo, com paradas bruscas e rotação da bacia; chutes ou toques fortes em uma bola ou saco de areia ou, mesmo, no adversário; movimentos de rotação externa da coxa e extensão do tronco; movimentos com excesso de impacto na região; excesso de treino com movimentos de mudanças de direção; dribles;

  • Artropatia degenerativa da sínfise púbica

  • Contratura muscular do iliopsoas

  • Inflamação do ramo púbico devido a um trauma

  • Avulsão do tendão adutor

  • Fraqueza muscular abdominal ou hérnia inguinal;

  • Treinar com a coluna em hiperlordose, o que leva a musculatura abdominal ao estresse;

  • Um desequilíbrio entre os adutores (fortes) e abdominais (fracos) que causa uma distribuição de forças anormal aplicadas no púbis.

  • Um programa de treinamento muito pesado que pode produzir lesões musculares ou entesites.

  • Durante a gravidez, mulheres podem ser acometidas com o problema;

  • biomecânica incorreta no esporte com intensos treinos físicos;

  • redução da mobilidade do quadril e sacroilíaca (ossos sacro e ilíaco);

  • enfraquecimento da musculatura abdominal.

Os músculos e tendões que são afetados pela pubalgia são todos aqueles que se inserem na sínfese púbica e podem apresentar ainda, a condição de entesite,ou seja, tendinite insercional. (As ênteses são locais de inserção, ancoragem, de um ligamento ou músculo no osso, e também podem sofrer inflamação). A dor pode irradiar para a região abdominal inferior: períneo, testículos, adutores, quadril e coxa.

  • Abdominal oblíquo externo;

  • Abdominal oblíquo interno;

  • Pectíneo;

  • Adutor curto;

  • Adutor longo;

  • Adutor grande;

  • Grácil.

Sintomas: É considerada uma doença progressiva e deve ser tratada para não se tornar uma condição crônica, quando pode ocasionar inflamação na cartilagem, ligamentos, tendões da área (a cronicidade se dá, em geral, porque os jogadores e/ ou atletas não se abstêm da atividade física. No entanto, a insistência pode tornar a condição razão da cessação da carreira desportiva.).

  • dor abdominal e inguinal (virilha);

  • dores na região do púbis;

  • dor durante a prática de abdominais, na contração do abdominal;

  • dor ao se levantar, ao tossir e espirrar;

  • aumento da dor durante o apoio unipodal;

  • exercícios de alta intensidade, como a corrida, dor na musculatura adutora (lado de dentro da perna) e dores na região lombar;

  • No estágio mais avançado, a dor pode ser sentida nas costas (lombalgia) e na bacia, o que torna difícil as atividades mais simples da vida diária;

  • diminuição da amplitude de movimento do quadril.

Classificação:

  • Grau 1: apresenta sintoma do mesmo lado do corpo onde foi gerado o esforço. Por exemplo, se um chute na bola for dado por um destro, a dor será à direita. Dor inguinal unilateral que melhora com aquecimento e retorna após parar os exercícios físicos, quando o corpo esfria

  • Grau 2: a dor acomete os dois lados dos membros inferiores, localizada nos adutores. Há piora da dor após os exercícios físicos

  • Grau 3: sintomas bilaterais nos adutores e nos retos abdominais, causando limitação significativa no esporte. Também pode ser dolorido para mudar de posição e ao sentar-se

  • Grau 4: além dos sintomas anteriores, há associação com a dor na coluna lombar, apresentando, inclusive, dificuldade importante em movimentos de marcha, para defecar, espirrar, entre outros.

O diagnóstico médico é importante, a fim de eliminar outras causas, como impacto femoroacetabular (IFA), artrose de quadril, hérnias inguinais, entre outras.

Fontes: http://www.scielo.br/pdf/rbme/v5n6/v5n6a06.pdf; https://blogpilates.com.br/pilates-no-tratamento-da-pubalgia/; https://www.minhavida.com.br/saude/temas/pubalgia, entre outras.

Claudia B. – c.pilatesyoga@gmail.com / http://cpilatesyoga.wixsite.com/proatitude

Pós-Graduação: Método Pilates / Fisioterapia Esportiva – Certificação: Yoga / Treinamento Funcional / Treino em Suspensão

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