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Nossa Postura de Cada Dia

  • Claudia B.
  • May 8, 2016
  • 3 min read

Deveríamos, diariamente, tomar um momento para pensar sobre o quanto as posturas assumidas em nossas atividades, nos comprometem a cada dia.

Existe, sem dúvida, uma inteligência corporal inerente, mas que é calada quando os nossos corpos sucumbem às pressões da gravidade e do acomodamento e tomam o "caminho da menor resistência". Ombros elevados e rodados para frente, peito retraído, músculos da região lombar trabalhando duro para compensar a falta de força e engajamento dos músculos abdominais, etc. "Quando isso aconteceu?!!" A resposta é simples: ao longo de cada dia, das semanas, dos meses, dos anos, frente ao acúmulo de tensões, das escolhas mais fáceis e mesmo das escolhas inconscientes.

Embora uma inocente compensação permita que o corpo execute os movimentos necessários, independentemente de suas limitações, a repetição desse padrão "defensivo" pode levar a compensações crônicas, desequilíbrio, desgastes, à dor, diminuição da função e aumento do risco de lesões.

Além disso, problemas posturais também significam problemas relacionados aos níveis de energia e à saúde em geral. Enfim, tudo nosso corpo está conectado, harmoniosamente pró-saúde ou harmoniosamente contra o nosso bem estar, pois como sabemos, a toda ação caberá uma reação.

Alterações nos quadris, por exemplo, irá ter consequências nas articulações descendentes e influenciar as exigências colocadas nos joelhos e tornozelos, assim como ter consequências ascendentes, ou seja, penalizando o alinhamento toda a coluna vertebral, ombros e pescoço. A essa conexão, chamamos de "cadeia cinética", onde todas as alterações ao longo da cadeia irá afetar essa cadeia, tornando-se, muitas vezes, difícil de identificar a origem das disfunções.

Vamos refletir sobre a nossa postura que trabalha diante de uma mesa ou qualquer outra atividade que a posição é sentada e com a inclinação do tronco anteriorizada (dentista, costureiro, artesão, etc.). A gravidade os empurra para frente e para baixo, fazendo com que os ombros despenquem para frente, o peito se feche, encurtando os músculos peitorais e enfraquecendo os músculos do meio das costas. Para compensar, o pescoço se estende e a cabeça avança, tensionando os extensores do pescoço / costas, enfraquecendo ainda mais os flexores do pescoço. Tudo isso a fim de mantermos horizontalizado o nível e campo de visão.

Como resultado da má postura, ocorrem desequilíbrios musculares, funcionais (movimento disfuncionais) e neurofisiológicos, envolvidos na inter-relação (atividade simultânea e coordenada) dos músculos do pescoço e mandíbula (cervical e orofacial).

Assim, o trapézio e os músculos peitorais superiores precisam compensar a falta de envolvimento dos flexores do pescoço e dos do meio das costas, criando ao longo do tempo, desequilíbrios no ombro, pescoço e costas, levando ao desconforto, dor e até mesmo lesões. Mediante exercícios e as sobrecargas que os mesmos envolvem, estaremos aumentando e perpetuando o desequilíbrio.

Portanto, antes de sobrecarregar a articulação é fundamental conscientizar-se sobre o próprio alinhamento postural e corrigir-se diante de ações menos complexas. Em sequência à auto-observação, o alongamento para a correção dos desequilíbrios musculares e o fortalecimento dos grupos músculos estruturais e, certamente, enfraquecidos, ajudará a criar uma postura mais equilibrada. Por fim, as pressões sobre as articulações poderão ser melhor partilhadas com a ação melhorada da massa muscular envolvida.

O Yoga e o Pilates são práticas que devem nos levar ao autoconhecimento, do como a nossa mente (no Yoga) e como os nosso corpo, se comporta diante das pressões (no Yoga) e das ações. Quanto mais conhecimento e ciência das nossas tendências, mais facilmente e com maior segurança, superaremos as compensações e assimetrias e estabeleceremos o melhor equilíbrio possível, diante das nossas ações e atitudes.

Quanto aos métodos de exercícios disponíveis no mercado do fitness, tenho uma certeza: devemos optar por aquele que "nos motiva", mas que seja uma prática sustentável para a vida.

Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com

Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão

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