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A OSTEOPOROSE

A osteoporose é uma doença esquelética sistêmica, caracterizada pela baixa densidade mineral óssea, cujo processo provoca a diminuição de deposição de cálcio no osso com perda gradual e silenciosa e deterioração do tecido ósseo, muito além daquela que é esperada diante do processo de envelhecimento.

A fragilidade e suscetibilidade a fraturas faz com que essa doença seja responsável por altos índices de morbidade e mortalidade, representando um problema de saúde pública expressivo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a cada ano a osteoporose faz mais de dois milhões de fraturas ósseas.

Essa doença insidiosa pode levar a uma perda da qualidade de vida, devido às fraturas osteoporóticas que podem ser debilitantes, além de debilitar a saúde de diversos órgãos, devido ao acúmulo da perda de altura em várias vertebras e de espaço para os órgãos viscerais, implicando em diversos problemas funcionais.

Embora prevalente nos idosos, em função da diminuição de absorção e deposição desses minerais no osso, têm-se observado que as pessoas vêm desenvolvendo osteoporose, cada vez mais jovens.

Preservar e aumentar a resistência óssea ou tratar a doença já instalada é possível através de intervenções nos hábitos de vida, tais como: na dieta (buscar alimentos fontes de cálcio, magnésio e vitamina D, assim como abolir os alimentos que agem como "sequestradores" desses nutrientes, enfraquecendo os ossos), através da exposição à luz solar (fonte responsável por 90% da aquisição de vitamina D) e através da adoção de rotinas de exercícios específicos (a carga mecânica fornecida pela ação dos músculos leva ao aumento da massa e da resistência óssea. Como benefícios secundários há a melhora de coordenação e força muscular, redução do risco de traumas e fraturas). A suplementação pode ser indicada de acordo com avaliação médica específica.

Como fatores contribuintes pela perda óssea, encontra-se o tabagismo, as doenças autoimunes, as doenças inflamatórias, as desordens alimentares, o alcoolismo (aqueles que consomem uma média de três doses ou mais bebidas alcoólicas por dia), o baixo índice de massa corporal (IMC), a recorrência ao uso de corticosteroides e às drogas que inibem o crescimento dos vasos sanguíneos e o gênero feminino (a menopausa pode levar a uma perda de até um quinto da massa óssea). O gênero masculino, no entanto, não está imune à doença e, segundo estatísticas norte-americanas recentes, dois milhões de homens são portadores da doença, sendo que destes, um em cada quatro com mais de 50 anos, sofrerão uma fratura relacionada com a doença.

Para aqueles que já apresentam sinais da doença, o cuidado com a ingestão de medicamentos deve ser redobrado, pois muitos deles podem acelerar a perda óssea. Mais um bom motivo para que nenhuma ingestão medicamentosa seja feita sem o conhecimento médico, profissional este que pode ajudar a tomar uma decisão mais informada.

Voltando à minha área de atuação, o rito das aulas deve estimular a educação da postura e dos movimentos, a compreensão e aprendizado do alinhamento e neutralidade postural da coluna, a dissociação do movimento dos membros inferiores e superiores, a eficiência da respiração intercostal e a prática da extensão torácica (estudos demostram que os músculos extensores da coluna, quando mais fortes, estimulam uma maior densidade óssea e, consequentemente, menor número de fraturas vertebrais (Sinaki et al 1996 e 2002)).

Ainda falando sobre as nossas aulas, os exercícios de equilíbrio são de fundamental importância para a preservação do alinhamento ósseo e apropriado tônus muscular, uma vez que as fraturas são comumente provocadas por quedas, em decorrência da perda da integridade musculoesquelética e prejuízos do sistema sensório motor, que reúne o sistema neuromuscular e o controle nervoso. Nos casos mais severos de osteoporose, as flexões de troco feitas em rolamento, flexões laterais de coluna e as rotações são contraindicadas.

No entanto, seja qual for o grau da doença, as nossas aulas podem proporcionar diversos benefícios de forma eficiente e segura: construção óssea com consciência e alongamento axial evitando forças compressivas e os movimentos cisalhantes.

O Yoga e o Pilates proporcionam o fortalecimento integral: muscular, mental e emocional. Considerados como exercícios conscientes, demandantes de grande atenção, condicionantes e terapêuticos, ambos os métodos buscam o respeito às individualidades, graduando a capacitação do praticante, que tende a alcançar a melhor saúde possível, modificando inclusive o posicionamento emocional perante qualquer doença e perante a vida.

Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com

Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão

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